segunda-feira, 16 de abril de 2018

O homem perfeito - Linda Howard

Título original: Mr. Perfect
Tradução: Carolina Simmer
Editora Bertrand Brasil
Ficção americana
349 páginas 

Uma ideia boba nascida numa mesa de conversa entre quatro amigas: o que definiria o homem perfeito? Daí surgiu "a lista". Primeiro vazou para o jornal da empresa onde as amigas trabalhavam, elas identificadas apenas como as mulheres A, B, C e D. Logo a tal lista chegou  na imprensa. Bem americano: algo pequeno que se inflama e os meios de comunicação enlouquecem. Então as identidades das tais amigas é descoberta.
Uma das amigas, a protagonista da trama, Janie, bonitona, recém mudada para uma nova casa, conhece o vizinho gostoso, policial.
O óbvio, as amigas começam a ser assassinadas. Os homens se roendo de raiva, uma reação sem sentido, mas tem livros que estão mais para realidade fantástica que para suspense.
Previsível. 
Não há nada de muito surpreendente, por mais que a autora tentasse, inserindo Colin no meio, feliz a cada matança das "vagabundas" (exagero!), falando com a voz da mãe que aparece apenas no prólogo da trama.
Linda Howard

Linda Howard
Linda S. Howington é uma escritora americana de best-sellers, escrita sob o pseudônimo de Linda Howard. Depois de 21 anos escrevendo histórias para seu próprio prazer, ela enviou um romance para publicação que teve muito sucesso. Seu primeiro trabalho foi publicado pela Silhouette em 1982. Ela é membro fundador da Romance Writers of America e, em 2005, Howard recebeu o prêmio Career Achievement Award.
Linda Howard vive em Gadsden, Alabama com o marido, Gary F. Howington, e dois golden retrievers. Ela tem três enteados e três netos. [Fonte:www.goodreads.com]

domingo, 15 de abril de 2018

A farsa - C. L. Taylor

Título original : The Lie
Editora Bertrand Brasil
Ficção inglesa
Tradução Daniel Estill
393 páginas
Quatro amigas: Emma, Al, Leanne e Daisy. Uma carente, insegura, outra homossexual assumida marrenta, também uma desconfiada anoréxica e, por último, a mais bonita e próxima da primeira, que transa com todos. Decidem entrar de férias numa viagem ao Nepal para curar a dor de cotovelo de Al pelo fim de seu namoro com Simone. Vão para um recanto de meditação liderado pelo bonitão Isaac. Porém,  a situação do que era esperado de um retiro espiritual não se parecia com a vendida no site. Coisas estranhas aconteciam.
E a estória vai do presente para o passado, cinco anos antes, nessa dita viagem de férias, quando duas das quatro amigas morreram e sobraram Emma e Al. Emma, que no presente, chama-se Jane, numa mudança proposital de nome para se esconder.
Um livro cansativo, mal escrito, personagem principal, Emma, que não estimula, não emociona e não prende. 

C. L. Taylor


C. L. Taylor
Autora bestseller de thrillers psicológicos. Os seus livros venderam mais de um milhão de exemplares, tendo já sido traduzidos em mais de 20 países.
Nasceu em Worcester, no Reino Unido, e formou-se em Psicologia pela Universidade de Northumbria. [Fonte: Skoob]

A mulher na janela - A. J. Finn

Título original: The Woman in the Window
Tradução Marcelo Mendes
Editora Arqueiro / 2018
352 páginas
Anna Fox é uma psicóloga ou psicanalista com marido, Ed, e filha pequena, Olivia. Em um acidente, ambos morrem e Anna fica com trauma, desenvolve agorafobia. A vida dos vizinhos passa a ser seu passatempo, bem como a bebida e os remédios, conhecendo a rotina, nomes, personagens. Também dos novos habitantes da casa do outro lado da praça, um casal e seu filho adolescente.  Num dos momentos voyeur, percebe um assassinato na casa dos novos vizinhos, a mulher sendo esfaqueada. Porém,  como se fazer acreditar, tendo sua situação mental comprometida? Como ajudar se há dez meses não sai de sua casa?
Ótimo livro. Recomendo.
Passagens:
"Prisioneiro do Passado, com Humphrey Bogart e Lauren Bacall (um caso de amor em São Francisco, com direito a muita neblina, o primeiro em que um personagem se submete a uma cirurgia plástica para se disfarçar). Torrentes de paixão, com Marilyn Monroe; Charada, com Audrey Hepburn; Princípios d'alma, com as sobrancelhas de Joan Crawford. Um clarão nas trevas: Hepburn de novo, uma mulher cega, ilhada no seu apartamento no subsolo. Eu ficaria maluca num apartamento subsolo."

"- Você pode ouvir as confidências de uma pessoa, os medos dela, as carências, mas não esqueça de uma coisa: tudo existe em meio aos medos e segredos de outras pessoas, as que dividem o mesmo teto com ela. Conhece aquela frase que diz que todas as famílias felizes são iguais?
 - Guerra e Paz - falei.
- Anna Kariênina. Mas não importa. O que importa é que está errado. Nenhuma família, feliz ou infeliz, é igual a outra. Aliás, Tolstoi falou muita bobagem. Lembre-se disso.
E é disso que me lembro enquanto vou ajustando o foco da minha lente, buscando o melhor enquadramento. Um retrato de família.]Mas acabo deixando a câmera de lado."

"Como dizia Bernard Shaw: "Frequentemente cito a mim mesmo; isso torna a conversa mais interessante." Dele também: "O álcool é  um anestésico que nos permite enfrentar a cirurgia da vida." O velho e sábio Shaw.
Assim sendo, Fielsing que me desculpe. Esses remédios não são antibióticos. Além disso, faz quase um ano que misturo todos eles com álcool, e olha só como estou."


 A. J. Finn
A.J.Finn / Dan Mallory

Formado em Oxford, A. J. Finn já foi crítico literário e escreveu para diversas publicações, incluindo Los Angeles Times, The Wasington Post e The TGimes Literary Supplement. A mulher na janela, seu primeiro romance, foi vendido para 36 países e está sendo adaptado para o cinema numa grande produção 20th Century Fox. Natural de Nova York, Finn viveu dez anos na Inglaterra antes de voltar para sua cidade natal, onde mora atualmente. [Fonte: orelha do livro]

Dan Mallory, mais conhecido por A. J. Finn, lutou por 15 anos contra uma depressão até que um novo médico, suspeitando do diagnóstico anterior, propôs outro tratamento. Editor de livros na William Morrow, ele tirou uma licença de seis semanas para experimentar a medicação. Ao final da quarta semana, ele já se sentia outra pessoa e ainda restavam alguns dias até voltar ao trabalho.
Fez o que mais gosta de fazer: releu os livros policiais que o acompanharam em seus 38 anos e reviu filmes antigos. E foi numa dessas noites na frente da televisão que ele teve a ideia da história que, pouco mais de um ano depois, viraria sua vida de cabeça para baixo. No melhor dos sentidos.
Mallory reconhece que ter sido editor de livros por 10 anos – em Londres e em Nova York – o ajudou na tarefa de escrever seu thriller, que ele descreve como uma história de solidão e luto. Capítulos curtos, história que prende a atenção e flui, um título que remete a outros best-sellers. Mas o que fez diferença, mesmo, ele diz, foi ter passado a infância e a juventude com a cara atrás de um livro. “A leitura é a melhor forma de aprendizagem e o que me ajudou a escrever essa história foi ter vivido como um leitor”, conta o autor. 
Sua vontade de escrever, no entanto, só foi despertada depois de ter lido Garota Exemplar, de Gillian Flynn. “Eu não era desses editores que tinham ambição com relação aos seus próprios escritos. E embora eu tenha crescido lendo Agatha Christie e Sherlock Holmes, tenha estudado Patricia Highsmith em Oxford e editado grandes autores, eu não tinha uma história para contar”, diz. 
Quando Garota Exemplar saiu, em 2012, e se tornou um enorme sucesso ao redor do mundo, ele pensou: “Esse é o tipo de livro que eu gostaria de escrever, mas não tenho uma história e não vou forçar”. Passaram-se três anos e meio, saiu A Garota no Trem, de Paula Hawkins, que também foi um grande best-seller, e lamentou de novo por não ter uma história. Quase um ano depois, a vizinha acende a luz e uma personagem “gruda no cérebro” do editor: ela estava sofrendo por um luto e trauma. De repente, ele tinha algo a dizer.
“A experiência da escrita foi muito catártica e foi um privilégio poder explorar, de forma segura, o que eu estava vivendo”, conta. Para o autor, escrever ficção é ato de empatia. E ler também. “Quando lemos, experimentamos a vida de outras pessoas e acontece o mesmo quando escrevemos. Pude mergulhar na mente dessa mulher, chorar e afundar ao lado dela, entrar em pânico com ela. Portanto, escrever não foi divertido ou fácil, mas revigorante.”
Anna Fox, sua protagonista, tem 38 anos. “Estou cansado de ler thrillers onde o personagem central, uma mulher, é muito passivo e reativo. Elas praticamente dependem do homem para seu bem-estar. As mulheres têm muitas outras coisas interessantes acontecendo em sua mente que não têm a ver com homens e bebês. Eu quis escrever um livro em que não havia interesse amoroso pela personagem feminina, no qual ela se preocupa com sua família, sim, mas tem outras coisas. Eu quis escrever um livro sobre uma mulher inteligente, sobre uma mulher que se salva sozinha porque mulheres são capazes de fazer isso”, justifica.
Essa é uma das diferenças entre seu livro, Garota Exemplar e A Garota no Trem. Do ponto de vista do estilo, A Mulher na Janela tem mais relação com A Garota no Trem, considera. 
Dan Mallory não conhece a mulher que inspirou sua história e nunca lhe ocorreu contar tudo isso para ela. “Estou olhando para a janela dela neste momento. Ela está na porta. Está nevando. Eu poderia abrir a janela e falar, ‘oi, obrigado’. Seria assustador ou ela ia gostar?, brinca.”
Se ele alguma vez pensou que sua vida daria uma guinada dessas? “Nunca, nunca”, ele grita animado. “Meu único objetivo era conseguir escrever a palavra ‘fim’.” E tudo está apenas começando. A Mulher na Janela tem potencial para ser um dos grandes best-sellers do ano. Deve voltar às listas no ano que vem com o filme nos cinemas. Joe Wright acaba de ser escolhido como diretor. Vencedor do Pulitzer pela peça Álbum de Família, depois transformada em filme, Tracy Letts é o roteirista. E Scott Rudin, de Onde os Fracos Não Têm Vez e A Rede Social, e Eli Bush, de Lady Bird, vão produzir o filme. [Fonte: http://cultura.estadao.com.br]