sexta-feira, 22 de junho de 2018

Os conflitos de Grace - Susie Orman Schnall

Título original: On Grace
Editora Jangada
Tradução Rosane Albert
ISBN 978-85-5539-091-3
Como podem remeter esse livro às obras de Elena Ferrante? Não sei se é insensatez, falta de senso literário ou apelação para que uma obra ruim seja lida.
Veja: uma mulher, a tal Gracie do título, que passou 8 anos cuidando dos filhos, depois do menor começar seu período escolar, decide procurar trabalho. Paralelamente, o marido confessa que a traiu, e tem aquele conflito padrão "perdôo-não-perdôo" piegas. Também começa a receber assédio de um ex colega do tempo de escola. Acrescenta-se também a chegada aos 40 anos. Uma amiga tem problemas de saúde. É isso que se chama conflito. Qualquer outra floração além disso é encheção de linguiça para vender.
Acrescendo a isso que é monótono e a personagem não conquista.
Não recomendo.

Susie Orman Schanall
Susie Orman Schanall
Autora de três romances: sua estréia instigante, ON GRACE ( 2014, SparkPress ). THE BALANCE PROJECT ( 2015, SparkPress), trata do equilíbrio entre vida pessoal e profissional e foi inspirada em The Balance A série de entrevistas do projeto que começou em 2014. E THE SUBWAY GIRLS (2018, St. Martin's Press), ficção histórica sobre o fascinante programa de publicidade da Miss Subways.
A escrita de Susie apareceu em numerosas publicações, incluindo o The New York Times, o The Huffington Post, o POPSUGAR, o Writer's Digest e o Glamour.
Ela também é palestrante frequente em grupos de mulheres, corporações e clubes de livros sobre seus romances e equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Susie cresceu em Los Angeles, formou-se na Universidade da Pensilvânia e hoje mora fora de Nova York com o marido e os três filhos que jogam bola na casa.
Palavras dela: "Desde que eu era criança, encontrei a verdadeira alegria em escrever. Desde meus primeiros cadernos cheios de poemas sobre amores perdidos para meus ensaios documentando minha jornada através da maternidade, narrei minha vida em palavras.
Há algo sobre um intenso jogo de palavras cruzadas desafiador, um parágrafo impossível. Tudo se resume às palavras, e as palavras são o que eu amo.
Eu também sou apaixonado por muitas outras coisas: noites de filmes de sexta família, chocolate muito escuro (especialmente com pequenos crocantes), praias quentes, comédias românticas, Jane Austen e Jeffrey Archer, vestidos de festa, caminhadas, criação de crianças resilientes, jantares, pontualidade, sábado à noite happy hour com meu marido, espaço em branco, equilíbrio, boot camp, kale shakes, verdadeiros amigos, notas de agradecimento e otimismo.
[Fonte:https://susieschnall.com/about-susie/]

Amor amargo - Jennifer Brown

Título original: Bitter End
Tradução: Guilherme Meyer
Eiditora Cutenberg
Ficção norte-americana
ISBN 978-85-8235-306-6 

Alex é uma jovem esforçada, que trabalha e estuda, com 17 anos e tem dois amigos inseparáveis: Bethany e Zach. Juntos formam um trio que se entendem melhor que irmãos.  Até que Alex conhece Cole, um rapaz bonito, carinhoso, galante, algo perto da perfeição.  Como homem perfeito não existe, logo Cole começa a mostrar sua verdadeira face de abuso e violência. A vítima se culpa pelas explosões do namorado, desculpando-o sempre, acreditando numa mudança do agressor, que os maltratos físicos e verbais podem ter controle caso consiga lidar com o humor variável dele. A narrativa contada pela mulher que é agredida comove e é o retrato de tantas relações cruelmente semelhantes, com vítimas que incrivelmente se sentem responsáveis pela violência que sofre.
No início o livro é cansativo, mas depois tem um ritmo melhor.

"(...) Cole não era assim, Ele estava estressado. Só podia ser, porque, em condições normais, jamais teria feito isso. Ele estava com problemas familiares.
Eu chorei pensando que talvez a culpada fosse eu."

"Eu sabia que, mais do que nunca, faria tudo o que estivesse ao meu alcance para impedir que aquilo se repetisse. E, se abrisse a boca agora, todos passariam a odiá-lo e, quando ele se arrependesse do que tinha feito, ficaria tão decepcionado comigo que eu o perderia de vez. O caroço subia, pulsando e implorando pra sair, mas eu não podia expeli-lo. Precisava mantê-lo ali dentro, oscilante, porém seguro."

"'Prometo que jamais vou te machucar de novo', falou, o rosto mergulhado nos meus cabelos."

"Os hematomas no meu pulso ainda nem tinham sarado. Naquela vez, tinha ficado orgulhosa de mim mesma por tê-lo perdoado. Tinha me convenciso de que o incidente não se repetiria. Como isso foi acontecer de novo?"

"(...) Não conseguia entender como ele era capaz de me bater. Não só de me dar um empurrão ou ele me agarrar pelo pulso, mas me bater mesmo. E não conseguia entender como, em um minuto, podia estar me dando socos na cara e, no próximo, estar dizendo que me amava."

"Pela primeira vez desde que toda essa loucura tinha começado, me dei conta de que ele jamais pararia de me agredir. Não havia como evitar que ele perdesse a cabeça. Não havia como fazê-lo parar."

Jennifer Brown
Jennifer Brown

Jennifer Brown nasceu em Kansas, passou boa parte de sua vida no subúrbio, mas também morou em Nova Jersey, mesmo assim se considera totalmente uma garota do centro-oeste rural dos Estados Unidos. Ela diz que teve muitos amigos imaginários, o que pode ser bom, porque teve que se mudar muito e o conviver com amigos reais era difícil.
Ela se formou em Psicologia e conseguiu alguns trabalhos de Recursos Humanos, mas não demorou muito para ela perceber que essa não seria sua profissão.
O que é inusitado é que Jennifer apesar de ter escrito um livro tão intenso como A Lista Negra, na verdade ela escrevia colunas de humor para um jornal. Inclusive ganhou dois Erma Bombeck Global Humor Award (2005, 2006), mas deixou de ser colunista e agora se dedica em tempo integral para os livros jovem-adulto. [Fonte: Skoob]