Título original: Lacci
Romance / literatura italiana
Tradução : Maurício Santana Dias
144 páginas
Editora Todavia / 2017
Romance / literatura italiana
Tradução : Maurício Santana Dias
144 páginas
Editora Todavia / 2017
Case-se, porém nunca terá a certeza porque o fez, breve o sentimento mudará e será forçado a conviver por conta de filhos que lhe carregarão de culpa, herança maldita de todos os pais.
Assim Aldo, depois de 12 anos casado, sentiu quando abandonou a família para viver uma paixão com Lídia. Vanda, a esposa abandonada, não tem conformação, além de carregar a obrigação dos filhos. Os filhos que presenciam todo o drama de uma separação e querem para si seu quinhão: responsabilidade de quem os pôs no mundo.
Assim o romance de Starnone nos deixa refletindo.
Dividido em três partes: o primeiro na voz de Vanda com 34 anos em forma de cartas a Aldo, 32, quando da separação dos dois, com muita revolta, sofrimento e desespero criado e real também. O segundo, Aldo diz sua versão em narrativa 42 anos depois, ele com 74 e ela com 76 anos, presente, alternando com lembranças passadas, evocadas pela invasão da casa onde moram por vândalos que a deixou em desordem, retirando cartas e fotos já esquecidas de seus esconderijos. A terceira parte os filhos Sandro e Anna (sendo essa a primeira pessoa) responsáveis pela manutenção da casa dos pais enquanto eles fazem uma viagem para alimentar o gato Labes. Não se dão bem, mas o que foram na infância é mostrado na fase adulta.
Um bom livro, bem escrito, concatenação muito boa. Recomendo.
Assim Aldo, depois de 12 anos casado, sentiu quando abandonou a família para viver uma paixão com Lídia. Vanda, a esposa abandonada, não tem conformação, além de carregar a obrigação dos filhos. Os filhos que presenciam todo o drama de uma separação e querem para si seu quinhão: responsabilidade de quem os pôs no mundo.
Assim o romance de Starnone nos deixa refletindo.
Dividido em três partes: o primeiro na voz de Vanda com 34 anos em forma de cartas a Aldo, 32, quando da separação dos dois, com muita revolta, sofrimento e desespero criado e real também. O segundo, Aldo diz sua versão em narrativa 42 anos depois, ele com 74 e ela com 76 anos, presente, alternando com lembranças passadas, evocadas pela invasão da casa onde moram por vândalos que a deixou em desordem, retirando cartas e fotos já esquecidas de seus esconderijos. A terceira parte os filhos Sandro e Anna (sendo essa a primeira pessoa) responsáveis pela manutenção da casa dos pais enquanto eles fazem uma viagem para alimentar o gato Labes. Não se dão bem, mas o que foram na infância é mostrado na fase adulta.
Um bom livro, bem escrito, concatenação muito boa. Recomendo.
"(...) É melhor não ter filhos. (...) A gente acaba fazendo mal aos filhos e, consequentemente, é preciso esperar que eles nos mais mal ainda."
Tanto eu quanto ela conhecemos a arte da reticência. Da crise de tantos anos atrás ambos aprendemos que, para viver juntos, é preciso dizer bem menos do que calamos. Funcionou. O que Vanda diz ou faz é quase sempre o sinal daquilo que esconde. E minha concordância contínua encobre que há décadas não temos nenhum tipo, absolutamente nada, de sentimento em comum.”
Domenico Starnone nasceu em 1943, em Nápoles, atualmente vive em Roma. Escritor, roteirista, jornalista.
Há suspeitas que o escritor seja a misteriosa Elena Ferrante, identidade também atribuída a sua esposa, Anita Raja.
Há suspeitas que o escritor seja a misteriosa Elena Ferrante, identidade também atribuída a sua esposa, Anita Raja.