segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A Mascarada - Alberto Moravia

Tereso Arango, chefe de uma nação de "além-Atlântico", tem absoluto poder depois de vencer a guerra civil, derrubar generais. Seu séquito de seguidores temem suas decisões, mas tramam para não perder seus postos, conseguir cargos, derrubar adversários. O livro é uma teia de interesses, onde planos são construídos para fins particulares, seja tramando a morte de Tereso, ou simulando seu assassinato para promover-se, em paralelo, uma mulher, Fausta, viúva muito bela, com vários amantes, sabendo da atração de Tereso por si, traça uma trama de sedução para promover o irmão e conseguir favores.
Perro, que almeja o posto de Osvaldo Cinco, chefe da polícia, é escolhido para a simular o assassinato a Tereso, vê nessa oportunidade a chance de derrubar o superior e promover-se; Gorina, dama da sociedade, promove uma festa para aproximar Tereso de Fausta e assim obter favores; Saverio, ingênuo oposionista do governo, é escolhido por Perro para o atentado a Tereso e vê nisso sua chance em transformar a história do país; Sebastiano, jovem amante apaixonado por Fausta, descobre o plano de Perro e Saverio (seu irmão) e junta-se a eles no plano de assassinato, sem saber (como Saverio) que é uma simulação, para salvar Fausta e assim conquistar seu amor em definitivo; Fausta, frívola, bonita, coleciona amantes, entre eles Sebastiano, mas seu objetivo é conquistar Tereso para conseguir cargos para o irmão e promover-se...
Assim, todos os personagens se entrelaçam e com um final inesperado.Boa leitura!

Alberto Moravia
Pseudônimo de Alberto Pincherle, nasceu em Roma a 28 de novembro de 1907 e morreu nessa mesma cidade a 26 de setembro de 1990. A publicação do seu primeiro romance, Os Indiferentes, em 1929, levou a que fosse desde logo aclamado como um dos mais interessantes autores da narrativa italiana da época. Considerado precursor do existencialismo, com uma obra onde se destacam os temas da sexualidade moderna e da alienação social, viu várias das suas histórias adaptadas ao cinema, entre elas O Conformista (1951), por Bernardo Bertolucci em 1970, e O Desprezo (1954), por Jean-Luc Godard em 1963. A par da produção literária, Moravia foi também jornalista, argumentista de cinema e dramaturgo. Em 1984 foi eleito deputado do Parlamento Europeu pelo Partido Comunista, lugar que ocuparia até à sua morte.[Fonte: Wook]