Após ser atropelado, um homem (Álvaro Picadura) tem o órgão sexual decepado e posto em um recipiente com substâncias para conservá-lo. Depois de sair do hospital, passa por diversas situações, sempre junto com Herodes (nome que deu desde a adolescência a sua parte íntima), encontrando personagens que compõem uma estória hilária e digna de Cony. Ler nas entrelinhas do livro o submundo marginal da miséria e solidão dos que vivem esquecidos da sociedade, construindo símbolos e acreditando em fantasias que os matem sãos - ou não tanto -, vivendo pela condição humana de "sobreviver", fazendo referência também à época da ditadura militar. O livro é uma viagem com muitas gargalhadas, enternecimentos da alma e reflexões.
Carlos Heitor Cony
Nasceu no Rio de Janeiro em 1926, fez
humanidades e curso de filosofia no Seminário de São José. Estreou na
literatura ganhando por duas vezes consecutivas o Prêmio Manuel Antônio
de Almeida (em 1957 e 1958) com os romances “A Verdade de Cada Dia” e
“Tijolo de Segurança”. Cony trabalha na imprensa desde 1952,
inicialmente no Jornal do Brasil, mais tarde no Correio da Manhã, do
qual foi redator, cronista e editor. Depois de várias prisões políticas
durante a ditadura militar e de um período no exterior, entrou para o
grupo Manchete, no qual lançou a revista Ele e Ela e dirigiu as revistas
Desfile e Fatos&Fotos. Atualmente, é colunista da Folha de S.Paulo,
comentarista da rádio CBN. Como diretor da teledramaturgia da Rede
Manchete, apresentou os projetos e as sinopses das novelas “A Marquesa
de Santos”, “Dona Beija” e “Kananga do Japão”. Em 1998, o governo
francês, no Salão do Livro, em Paris, condecorou-o com a L'Ordre des
Arts et des Lettres. Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em
março de 2000. “O Ventre” romance de estréia de Cony fez em 2008
cinquenta anos.
Ganhou os seguintes prêmios: Carlos Heitor Cony |
Manuel Antônio de Almeida (em 1956 e 1957)
Jabuti (em 1996, 1998 e 2000)
Livro do Ano (em 1996 e 1998 e 2000)
Prêmio Nacional Nestlé (em 1997)
Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de obra, em 1996
Fonte: http://www.carlosheitorcony.com.br/