Cecília, antes adolescente criada do funcionário que guardava o farol na isolada ilha La Duiva, depois esposa do filho dos patrões, depois mãe de 5 filhos, para, afinal ser a guardiã solitária do dito farol. Enquanto tece seu tricô, relembra a estória, outra hora a filha ou outro filho a reconstrói, algumas em primeira, outras em segunda pessoa. Os capítulos são nomeados pelas cores que tece, uma para cada filho.
Uma das filhas, ávida por leitura, decide escrever a estoria da família Godoy, a voz que inicia o livro. Depois se intercala com outros personagens.
Fico encantada em ler a autora, porque ela escreve quase poeticamente. Puro prazer em ler.
Mas o livro tem seus buracos negros. É uma ficção e, portanto, não podemos questionar. Mas lógica poderíamos exigir da trama. Por exemplo, como prever a chegada de um estrangeiro, ele chegar e saber o que ele faria com a família? Isso é um spoiler, eu sei, mas não resisti. Desculpem. Mas há outros furos, esses deixo para quem for ler e, quem sabe, me ajude.