Escrito em 1948, o autor inglês constrói uma sociedade totalitária, onde os cidadãos membros do Partido Interno são vigiados, controlados, seja em suas casas (vistos e ouvidos por "teletelas"), interpretados por cada gesto ou ato. Tudo gira em torno do Grande Irmão, chefe de governo imaginário ou real, que detém o poder sobre a vida e pensamento de todos.
O personagem principal, Winston Smith, começa a se questionar sobre o passado, as memórias reconstruídas e a verdade dos fatos que o rodeiam. Daí, o desenrolar da trama e suas consequências.
O livro é como um nascimento, crescimento e morte, mataforicamente falando (ele é uma grande metáfora): o surgimento de uma ideia (dúvida), seu desenvolvimento, até um encontro com o desconhecido (amor, ou pelo menos o que ele julga ser amor), algo condenado, às escondidas, e o preço por pensar diferente do que é imposto pelo poder (crescimento). Enfim, a "morte", que é a "reeducação" política e mental do personagem principal.
A mídia pode ser lida nas entrelinhas, com seu poder sobre a mente e controle do que pode ou não ser pensado.
Frases do livro:
"O poder reside em infligir dor e humilhação. O poder está em se despedaçar os cérebros humanos e tornar a juntá-los da forma que se entender"
"Quem controla o passado, controla o futuro: quem controla o presente controla o passado. E no entanto passado, conquanto natureza alterável, nunca fora alterado. O que agora era verdade era verdade do sempre ao sempre. Era bem simples."
"...Essa era a sutileza derradeira: induzir conscientemente a inconsciência, e então, tornar-se inconsciente do ato de hipnose que se acabava de realizar."
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